O Cerrado e a metamorfose do espaço habitado

   Desde que o homem começou a produzir o espaço - deixou de ser nômade e passou a viver no sedentarismo, que a sua história se confunde com processo de apropriação  e/ou transformação dos recursos recursos naturais. Evidentemente, que dessa relação ambos se ressignificam. Dependendo da leitura que se faça e do contexto histórico, a natureza  apropriada e/ou transformada sai "ferida" com rescaldo para a própria sociedade. Entretanto, o homem sedentário não  pode ser entendido enquanto uma externalidade da natureza, dela dependendo inclusive para sua existência.


      Isso não significa que não possamos, ou que não tenhamos o dever de questionar o ritmo e as finalidades dessa apropriação, só não o faremos nesse espaço, nesse momento. Esperamos que esse debate seja objeto dos leitores.

          Tradicionalmente, o serrado no Maranhão foi utilizado como área para a pecuária extensiva. Nas últimas décadas, entretanto o avanço da soja vem transformando esse bioma no sul do referido estado em campos de cultivo intensivo dessa leguminosa.  Mais ao norte, porém, (região central do estado) o destino tem sido outro conforme pode  ser analisado na sequência de imagens a seguir: 






 




          O carvão produzido nessa região tem como destino as siderúrgicas da região de Marabá (PA), Açailândia e/ou São Luis (MA). Acredita-se que os envolvidos na atividade tenham autorização do IBAMA, porém, indubitavelmente, do projeto dever fazer parte o cultivo de outras espécies que dariam  sustentabilidade ambiental e econômica à atividade. Essa contrapartida não está ocorrendo.  

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