O Espaço Urbano na Amazônia: Estratégias de Sobrevivências no Circuito Inferior

Agentes e práticas do circuito inferior da economia urbana. A economia urbana dos países subdesenvolvidos distingue-se da sua correspondente nos países desenvolvidos. Nos primeiros, a industrialização ocorre concomitante a um estágio tecnológico avançado aplicado ao processo produtivo. Os processos desencadeados pela industrialização nesses países, a exemplo da urbanização, somado à falta de autonomia na organização dos seus espaços, levou-os ao conhecimento de verdadeiros pontos de concentração populacional. A modernização tecnológica cria dois subsistemas da economia urbana nos países subdesenvolvidos: o circuito superior e o circuito inferior, o primeiro, com agentes estreitamente ligados ao Estado e atrelados ao que há de mais moderno organizacional e tecnologicamente  falando; o segundo, ligado à tecnologia obsoleta, com pequena dimensão espacial, com poder de organizar o espaço apenas em escala micro, é receptáculo do contingente de pobres que chega à cidade e  não consegue  ingressar no circuito moderno. As cidades que historicamente se tornaram polos receberam uma massa populacional de baixa renda e com pouca qualificação com raras possibilidades de reproduzirem-se economicamente no circuito superior. Essa massa é o sustentáculo do circuito inferior. O espaço urbano da cidade de Belém durante mais de três séculos não ultrapassou a circunscrição  da Primeira Légua Patrimonial.

Acesse a página da Editora, clique no link abaixo




A Adesão do Pará

Comemora-se a Adesão do Pará ao dia em que a província do Grão-Pará aderiu à independência do Brasil. Em 15 de agosto de 1823 a província do Grão-Pará oficialmente tornou-se Brasil. Trata-se de um longo e complexo processo,


para compreendê-lo faz-se necessário um recuo na história.

A colonização do que hoje conhecemos como  Amazônia pelos portugueses só começou praticamente depois de um século após a chegada dos lusitanos na costa leste brasileira, mais precisamente, na Bahia e Pernambuco. Para evitar que ingleses, franceses e/ou holandeses, que já tinham várias feitorias ao longo do rio Amazonas, tomasse posse da região.

Por terem encontrado ouro e prata nas suas colônias na costa do Pacífico, os espanhóis não estavam muito preocupados com essa vasta área que, pelo Tratado de Tordesilhas, lhes pertencia.  Porém, entre 1580 e 1640 – União Ibérica, o Tratado de Tordesilhas praticamente não estava em vigor. Os portugueses, anteciparam-se  aos espanhóis e  iniciaram o processo, mais de controle, que de ocupação, em 1616 com a fundação de Santa Maria de Belém do Grão-Pará. Lembrando-se que na divisão política da colônia, existiam dois estados: do Brasil e do Maranhão e Grão-Pará (fig. 01).

A Pan-Amazônia: Algumas Considerações


A Pan-Amazônia ou Amazônia Internacional é uma região natural localizada na América do Sul que faz parte do território de vários países com a Colômbia, o Peru, o Equador, a Venezuela, o Suriname,  a Guiana, Guiana Francesa (França) e o Brasil (fig. 01). Região natural porque os principais elementos caracterizadores do espaço são da natureza como a relevo, o clima, a vegetação a hidrografia etc.
 Embora faça parte de vários países é no Brasil que se encontra a maior extensão da região. Nesse país, o mesmo espaço recebe várias denominações como Bioma Amazônico, Domínio Morfoclimático Amazônico – uma proposta do geógrafo Azis Nacid Ab’Saber;  Complexo Regional Amazônia (região geoeconômica), Região Norte, divisão administrativa do IBGE, Amazônia Legal – área de atuação da
superintendência de Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM, dentre outras (fig. 02).
Todas essas denominações se referem ao mesmo espaço. As distinções dizem respeitos aos elementos elencados como caracterizadores do espaço e, consequentemente,  de limites e fronteiras. 
Continue